sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Por que as mudanças são tão lentas na educação?
Mudanças dependem de uma boa gestão institucional com diretrizes claras e poder de implementação, tendo os melhores profissionais, bem remunerados e formados (realidade ainda muito distante). Mas um dos caminhos que pode esclarecer algumas dificuldades da mudança pessoal é que as pessoas têm atitudes diferentes diante do mundo, da profissão, da vida. Em todos os campos encontramos profissionais com maior ou menor iniciativa, mais ou menos motivados, mais convencionais ou proativos. Nas instituições educacionais – organizações cada vez mais complexas - convivem gestores e professores com perfis pessoais e profissionais bem diferentes.
Numa primeira análise, constatamos que existem, basicamente, dois perfis profissionais (com diferentes variáveis e justificativas): os automotivados e os que precisam de motivações mais externas. Os automotivados são mais ativos, procuram saídas, não se detêm diante dos obstáculos que aparecem e por isso costumam realizar mais avanços a longo prazo. Os motivados externos são mais dependentes, precisam ser mais monitorados, orientados, dirigidos. Sem essa motivação externa perdem o ímpeto, quando aparecem dificuldades, ou quando o controle diminui. Os automotivados pesquisam e, com poucos recursos ou condições, constroem novos projetos. Os dependentes, nas mesmas ou melhores condições, preferem executar tarefas, obedecer ordens, realizar o que outros determinam. Os dependentes querem receitas, os automotivados procuram soluções. Por que uns são mais motivados do que outros? Uma das explicações, na minha opinião, é que os motivados procuram ou encontram um sentido mais profundo no que fazem na vida do que os dependentes, que encaram a educação mais como profissão e sobrevivência econômica, sem outros ideais que os orientem.
Nas mesmas instituições educacionais e nas mesmas condições, gestores, professores, funcionários mostram posturas e perfis diferentes. Encontramos basicamente quatro tipos de profissionais:
1. Profissionais previsíveis
São gestores e professores que aprendem modelos e tendem a repeti-los permanentemente. Gostam da segurança, do conforto da repetição. Dependem de motivações externas. Fazem pequenas alterações, quando pressionados, mas, se a pressão da autoridade diminui, o comportamento tradicional se restabelece.
Encontramos profissionais previsíveis competentes, que realizam um trabalho exemplar, sério, dedicado. E encontramos também previsíveis pouco competentes, pouco preparados, que copiam modelos, receitas sem muita criatividade.
2. Profissionais proativos, automotivados
São gestores e professores que buscam sempre soluções, alternativas, novas técnicas, metodologias. Procuram, em condições menos favoráveis, fazer mudanças (se motivam para continuar aprendendo). Diante de novas propostas ou idéias, fazem pesquisa, e procuram implementá-las e avaliá-las.
Temos duas categorias de proativos: Uns são dinâmicos, ágeis e implementam soluções previsíveis, conhecidas, aprendidas em palestras ou cursos de formação. Outros são proativos inovadores: Trazem propostas diferenciadas, ainda não tentadas antes. Ambos são importantes para fazer avançar a educação, mas é dos inovadores neste momento que precisamos mais.
3. Profissionais acomodados
São professores e gestores que procuram a educação porque – na visão deles - é uma profissão pouco exigente e muito segura. Não se ganha muito, mas permite ser levada como “um bico”, sem muito compromisso. São profissionais burocráticos, que fazem o mínimo para se manter; questionam os motivados, os jovens idealistas; culpam o governo, a estrutura, os alunos pelos problemas. Muitas vezes ocupam cargos importantes e os utilizam em proveito próprio ou de grupos específicos, que os apóiam ou elegem. São um peso desagregador e imobilizador nas escolas, que torna muito mais difícil realizar mudanças.
4. Profissionais com dificuldades maiores
Alguns tem dificuldades momentâneas ou conjunturais. Passam por uma crise pessoal ou familiar, ou alguma doença que dificulta o seu desempenho profissional. Com o tempo se recuperam e retomam o ritmo anterior. Mas também há profissionais que possuem dificuldades mais profundas. Pode ser de relacionamento - são difíceis, complicados, não sabem trabalhar em grupo – de esquizofrenia, de autocentramento – se acham os donos do mundo – e tantas outras. São pessoas difíceis, que complicam muito o andamento institucional, a relação pedagógica e a gestão escolar.
Nas instituições convivem estes quatro tipos de profissionais, que contribuem de forma diferente para os avanços necessários na educação:
Os previsíveis, mesmo vendo os problemas, preferem continuar com sua rotina confortável e só mudam com uma pressão continuada externa.
Os proativos estão prontos para fazer mudanças, mesmo antes de serem solicitadas institucionalmente e procuram implementá-las em pequena escala, quando não há ainda uma política institucional que favoreça as mudanças.
Os acomodados são os que mais criticam o estado das coisas, os que culpam os demais pelos problemas – governo, direção, alunos mal preparados, condições de trabalho, salários baixos – e utilizam esses questionamentos que fazem sentido para justificar sua não ação, sua pouca preocupação com as mudanças efetivas. Criticam muito, realizam pouco e atrapalham os proativos, muitas vezes com críticas corrosivas e pessimistas (“já vimos esse filme antes e não deu em nada”, “isso é fogo de palha, idealismo de jovens...”).
Os que têm dificuldades maiores são também um peso na mudança, porque ou estão em um período complicado e pouco podem contribuir ou possuem personalidades difíceis, ariscas, autoritárias, que tornam complexa a convivência, quanto mais a mudança.
José Manuel Moran
O texto completo está em www.eca.usp.br/prof/moran/lentas.htm
domingo, 23 de agosto de 2009

Há alguns anos, com o acesso à informatização, o jovem passou a manter contato com o mundo. Com isso, os trabalhos escolares e as pesquisas feitas dentro e fora da escola, ficaram mais práticas de se fazer.
É papel da escola informar aos estudantes que a cópia de textos ou parte deles, sem a devida referência da autoria, constitui crime de plágio, conforme a lei n°10.695/03, sobre direitos autorais, que “prevê detenção de três meses a um ano de prisão ou multa. Se a violação for feita com intuito de lucro, a reclusão pode ser de dois a quatro anos”.
Mas não basta apenas explicar o que é plágio e falar sobre a lei. A escola, enquanto formadora de opiniões, deve criar valores éticos e morais, conscientizar os alunos de que copiar um texto pronto não é vantajoso, mas que o melhor é ele próprio ser autor do seu texto, escrevendo-o com suas palavras.
O exercício de pesquisar não pode ficar restrito ao primeiro site encontrado, mas buscando-se a veracidade dos fatos através de informações históricas e, portanto, verdadeiras.
O que temos visto em prática é o famoso ditado que corre pelas práticas educativas, “você finge que me ensina e eu finjo que aprendo”, como metodologia de várias instituições do país.
Para o aluno, a falta de informação e de conscientização de que sua vida escolar é a responsável pelo seu futuro profissional, pode até ser aceita, em razão da imaturidade, pouca responsabilidade e falta de compromisso, normais da faixa etária.
O que não dá pra engolir é a falta de compromisso dos profissionais, que não se colocam como educadores, como formadores de conceitos, se esquivando de suas responsabilidades sociais, mantendo atitudes favoráveis ao comodismo próprio, ao invés de lutar contra a educação de péssima qualidade.
É fundamental que a escola advirta os alunos quanto aos plágios, quanto ao uso do “ctrl c, ctrl v”. Isso pode ser feito dentro dos próprios laboratórios de informática, através de programas que identificam as cópias, os farejadores de plágios. Se o professor mostrar na prática que existem programas que identificam as cópias, com certeza deixarão de fazer uso delas.
Os alunos não podem ter a ideia errônea de que nada acontece com quem copia um artigo, rouba a produção de outra pessoa.
elo contrário, devem ser educados contra essas práticas, visando o exercício da escrita, aprendendo a defender sua opinião própria em relação a um assunto.
E caso continuem a utilizar esses recursos, que sejam responsabilizados pelos seus atos.
Algumas dicas podem ajudar os professores na hora de avaliar os trabalhos escritos: observe o vocabulário do aluno e o utilizado no texto – o uso de palavras sinônimas mais elaboradas pode ser um indicativo de plágio; fazer comparações entre diferentes autores – normalmente crianças e adolescentes não têm capacidade de articular ideias distintas; melhoras repentinas na escrita – antes o aluno apresentava alguma dificuldade; o estilo de texto utilizado – identificar se é a forma como o aluno escreve.
O que não pode acontecer é a escola aceitar essa prática, sem exigir atitudes éticas e morais, pois seu papel fundamental é auxiliá-los no processo seletivo de materiais de qualidade, além de propor uma formação intelectual por excelência.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Amigos de Todos os tipos

AMIGO ÍMÃ
Carrega você para todos os passeios...
AMIGO IRMÃO
Muitas vezes você acha que ele é até melhor que seu próprio irmão...
AMIGO PARCEIRO
Sempre pronto para o que der e vier.
AMIGO "VIAGEM NA MAIONESE"
Embarca junto com você em seus sonhos mais mirabolantes.
AMIGO BARULHO
Quando sai, deixa um silêncio incrível...
AMIGO BANQUEIRO
Sempre ajuda você na$ hora$ mai$ difícei$
AMIGO POPULAR
Você tem que entrar na lista de espera para falar com ele
AMIGO PROTETOR
Defende você em situações difíceis.
AMIGO ESOTÉRICO
Acredita que existe 'uma razão' para tudo.
AMIGO OTIMISTA
Esse tem a solução para tudo.
AMIGO CONSELHEIRO
Vive lhe dando conselhos, mesmo que você não peça.
AMIGO ANTIGO
Para ser preservado.
AMIGO NOVO
Para ser conquistado.
AMIGO SÁBIO
Sabe quando falar e quando calar.
AMIGO EXPERIENTE
Sempre sabe como fazer as coisas.
AMIGO ANUAL
Você encontra uma vez por ano, e nota que o tempo não acabou com o sentimento de amizade...
AMIGO MÃE
Sempre pronto a dar um colinho.
Reconheceu seu amigo em algum tipo?
Seja qual for, ter amigos é uma grande bênção!
Preserve sempre suas amizades!
domingo, 2 de agosto de 2009
O otimista diz que está melhor hoje;
Quando o otimista vê uma abelha, diz que lá vai o produtor de mel;
O otimista diz que está feliz por estar vivo;
O pessimista diz que um dos teus pés é maior que o outro;
O otimista descobre o bem no mal;
sábado, 1 de agosto de 2009
Aprendemos com a vida
Em todos os momentos,
Em todos os espaços,
Em todos os nossos tempos,
Em todas as situações estamos aprendendo...
Ou podemos aprender.
Quanto mais avançamos em idade, mais claramente mostramos o que aprendemos, o que somos, em que nos transformamos, o que é autêntico e o que não é. Cada um de nós, com o passar dos anos, vai revelando, por sua atuação e palavras, o que aprendeu realmente, até onde evoluiu.
A infância e a juventude são fases de descobertas, de busca de identidade, de inserção nos diversos espaços pessoais. É difícil avaliar ainda o que é autêntico, o que permanecerá como eixo fundamental em cada pessoa e o que é “fabricado”, “postiço” ou moda, que se modificará significativamente com o tempo.
No começo da idade adulta nós vamos nos definindo em todos os campos – o intelectual, o emocional, o profissional. Já mostramos mais claramente o que aprendemos e o que não aprendemos, o que é verdadeiro e o que é fantasia. A nossa personalidade e a maneira de nos adaptarmos socialmente ficaram mais perceptíveis, mais ainda podemos nos iludir, perder a nós mesmos, adiar decisões.
Na idade adulta ainda há uma grande margem de representação, de atuação. Podemos nos enganar consciente ou inconscientemente em muitos campos, durante muitos anos. Muitas decisões podem ser justificadas com motivos como “sustentar uma família”, “não perder um emprego”, “tentar levar adiante uma relação afetiva”.
Quanto mais avança na vida, o ser humano deixa de ter desculpas para a sua forma de ser e de agir. Ao chegar à terceira idade, então, mostra realmente o que é, o que aprende e até onde evoluiu. Mostra as suas realizações, seus medos, as formas que desenvolveu para lidar com o intelectual e o emocional, ou seja: os pontos fortes e fracos que tem para lidar consigo mesmo e com o mundo.
Aprender a viver é uma arte complexa. É a soma de conhecimentos aplicados ao gerenciamento pessoal, numa contínua interação entre pesquisa e ação, cujo objeto é a própria pessoa. É um processo constante, dinâmico, que avança em espiral crescente.
O aprender a viver acontece no diálogo permanente, silencioso, profundo – às vezes tenso, contraditório, mas sempre humilde e confiante em tudo o que se relaciona consigo mesmo: pessoas, situações, sentimentos, idéias, desejos, realizações. Nesse diálogo, nós, seres humanos, vamos construindo a nossa identidade, nosso caminho, nosso mosaico multicolorido (aquele que revela o seu significado quando o colocamos em perspectiva e o olhamos como um todo).
Aprendemos a viver por ensaio e erro, por tentativas de acerto em cada etapa, fazendo sínteses adequadas a cada momento; por sucessivas avaliações do que vemos, sentimos, como agimos, do que julgamos que vale a pena e do que devemos descartar.
Aprendemos a viver na construção contínua, paciente, humilde e confiante de nossa personalidade, no dia-a-dia do nosso conhecer cada vez mais amplo, do sentir cada vez mais profundo, da comunicação cada vez mais autêntica – uma construção paciente e atenta, capaz de acolher as novas idéias, as dificuldades, as perdas e os desencontros.
Ao observar pessoas adultas e, especialmente, as da terceira idade, que começam a envelhecer, é possível identificar aquelas que tiveram dificuldades: são as que permanecem cheias de medos, de rancor e de mágoas. As pessoas que realmente aprenderam a viver, que evoluíram como pessoas, são as que não perderam o afeto, pois estão envelhecendo com dignidade e em paz. Com estas vale a pena aprender.
O maior desafio é transformar nossas vidas em um processo contínuo de aprendizagem, de evolução e de realização; um processo cada vez mais pleno, autêntico, rico e profundo.
José Manuel Moran
Texto do meu livro Aprendendo a viver. 4ª ed. São Paulo: Paulinas, 2008, p.7-9.
Continuar navegando...

Nossa existência lembra o riacho buscando o mar.
Surgem pedras, barreiras e obstáculos.
Riacho inteligente contorna, assimila, passa por cima, passa por baixo,
sempre encontrando um jeito de prosseguir.
Porque o mar chama, convida. Porque o mar é seu endereço final.
Riacho bobo fica rodeando a pedra, o desafio, a barreira.
O rio atinge suas metas, porque aprende a superar dificuldades.
Continuar navegando é perseverar quando a maioria desiste.
É sulcar as águas, quando outros já ancoraram.
É chutar longe a tristeza, fazendo um pacto sagrado com a paz.
Continuar navegando é embeber-se de infinitos,
na coragem de quem enfrenta o impossível.
É o mergulho fundo de quem atravessa a casca.
É insistir no válido e nobre, quando outros desalentam.
É colher trigo bom, num campo atapetado de joio.
É ser jovial face aos problemas, indulgente com os menos prendados,
afável com os mais velhos e irmãos de todos.
Continuar navegando é construir templos de fraternidade,
com as pedras que jogam em nossos telhados.
É suar a camiseta quando a maioria já saiu de campo.
É recomeçar, cada dia, mesmo que seja sobre ruínas e cinzas.
Fixando as flores, esquecendo os espinhos. Fazendo da vida uma prece.
Continuar navegando é falar palavras mansas,
florir ternura, onde outros praguejam.
É dar voto de confiança, onde a maioria descrê e se acovarda.
É divinizar o humano e espiritualizar o terreno,
pendurando sorrisos de alegria e gratidão até nos galhos secos do cotidiano.
É retornar às fontes da simplicidade, cultivando o silêncio como se fosse um oratório,
sempre e em tudo, com a profunda vontade de ser.
Cantar, crescer, servir e amar.
Autor: Roque Schneider
sexta-feira, 10 de julho de 2009
CONAE- ETAPA MUNICIPAL
Queridas colegas:
sábado, 27 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Voc� � um Professor Digital???

Professor: pessoa que exerce a função de ensinar a outrem.
O que é ser professor?
No dicionário, a palavra PROFESSOR é apenas uma profissão qualquer traduzida em poucas palavras. Porém, sabemos o quão exímio somos.
Um profissional docente sabe compreender o seu verdadeiro valor.
É ser humilde para aceitar.
É ser seguro para entender.
Ser professor é renunciar um pouco de si a cada dia.
Não só ensinar, mas também aprender.
Professor que é professor será para sempre aluno, pois se dispõe a inteleccionar o inexplicável.
E, acima de tudo acreditar que um outro mundo é possível.
Se professar com fé e amor pode sim valer a pena e fazer diferença para muitos passarinhos que ainda não sabem voar.
Ensiná-los a alcançar o céu é nossa tarefa.
Não adianta querer ser, pois somos escolhidos.
Amo o que faço, mas não gosto quando somos comparados a simples mercadorias dividindo com outros produtos um espaço na prateleira de supermercados.
Há tempos li uma frase que me fez pensar:
Qual será nosso papel?
Qual será o nosso valor?
“O material escolar mais barato que existe na praça é o professor” Jô Soares
Será esse o valor que temos diante desta sociedade que acha que pode comprar tudo e todos?
Poxa vida! Somos seres humanos.
Ou será que não somos?
Professora Dany
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Botão de rosas
